Herpes Zoster (GSK SHINGRIX)

Herpes Zoster (GSK SHINGRIX)

Indicação

O Herpes Zoster é uma doença que ocorre em pessoas que já tiveram catapora. Isso ocorre, pois, ambas as doenças são causadas pelo mesmo vírus (Varicela Zoster).
Em alguns casos, a doença pode complicar com herpes ocular (acometimento dos olhos) e neuralgia pós-herpética (com alta sintomatologia dolorosa).
A vacina para Herpes Zoster Shingrix é uma vacina inativada (enquanto a Zostavax é constituída por vírus vivos atenuados), constituída da glicoproteína E recombinante — um antígeno importante do vírus varicela-zóster —, em combinação com o adjuvante AS01.

É recomendada pela Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIM) em duas doses, para pessoas com imunocomprometimento a partir de 18 anos de idade e para todos os adultos com 50 anos ou mais.

Após a manifestação da doença a vacina é útil se aplicada após um ano.

Esquema de Aplicação – indivíduos SEM imunocomprometimento

  • Duas doses (0,5 ml, por via intramuscular), com intervalo de dois meses (0-2 meses). Caso seja necessário alterar o esquema padrão, pode ser adotado um intervalo de até seis meses;
  • O intervalo mínimo permitido é de quatro semanas entre as doses. Doses aplicadas com intervalos inferiores devem ser desconsideradas;
  • Não há necessidade de reiniciar a série caso o intervalo seja estendido inadvertidamente por mais de seis meses;
  • A vacina pode ser usada independentemente de histórico de varicela ou vacinação contra a doença.

    Esquema de Aplicação – indivíduos COM imunocomprometimento

    • Pacientes com transplante de medula óssea: administrar a vacina HZR de seis a 12 meses após o transplante. De preferência, dois meses antes da descontinuação da medicação antiviral;
    • Receptores de transplantes de órgãos sólidos: quando possível, administrar a vacina antes do transplante — o intervalo mínimo entre as doses é de quatro semanas. Caso a vacinação prévia não seja viável, recomenda-se aguardar de seis a 12 meses após o procedimento, preferencialmente quando a dosagem de drogas imunossupressoras for baixa (somente de manutenção) e na ausência de doença do enxerto contra hospedeiro (rejeição);
    • Pacientes com câncer: quando possível, administrar a vacina antes do início da quimioterapia, tratamento com imunossupressores, radioterapia ou esplenectomia. Se não houver disponibilidade de tempo, vacinar no melhor momento para o paciente, quando a imunossupressão mais intensa tiver cessado;Pacientes em uso de anticorpos monoclonais (anticélulas B, como rituximab, por exemplo): a vacina deve ser administrada pelo menos quatro semanas antes da próxima dose;
    • Pacientes vivendo com HIV/Aids: pacientes que estiverem com níveis mais elevados de linfócitos CD4 e carga viral do HIV sob controle terão uma resposta imune melhor às vacinas em geral. O uso de antirretrovirais também melhora a resposta imune às vacinas. Por outro lado, pacientes com estado imune pior e HIV mais avançado têm maior risco de zóster. Nesses casos, cabe ao médico avaliar o melhor momento para a vacinação;
    • Pacientes com doenças autoimunes: quando possível, administrar a vacina antes de iniciar imunossupressão mais agressiva.

Contraindicações

Pessoas que apresentem hipersensibilidade às substâncias ativas ou a qualquer excipiente dessa vacina.

Efeitos Adversos

Os eventos adversos mais comuns são os locais (dor, edema e vermelhidão), geralmente de intensidade leve a moderada e são transitórios. Cansaço, calafrios, febre e mialgia são eventos adversos sistêmicos também descritos, que se resolvem com analgésicos comuns.